Cientistas da Universidade de Bristol, Grã-Bretanha, desenvolveram planta transgênica capaz de produzir os óleos ômega 3 e 6, considerados benéficos ao coração e normalmente encontrados apenas em peixes de águas mais frias, como o salmão e o atum.
Para os pesquisadores, o estudo pode levar a uma nova geração de alimentos especialmente criados para reduzir o risco de doenças cardíacas, entre outros problemas de saúde. O estudo, publicado na 'Nature Biotechnology', lembra ainda que, com a redução dos estoques naturais de peixes, a produção desses óleos em outros organismos pode ser essencial para a alimentação humana. Segundo os cientistas, os genes utilizados para induzir a produção dos óleos podem, em tese, ser usados em diversos vegetais, normalmente consumidos pelo homem.
(O Globo, 18/5/2004)
sábado, 9 de fevereiro de 2013
Vídeo que explica sobre o método Biolístico, uma das técnicas usadas para a inserção de genes em um DNA....
http://www.youtube.com/watch?v=oIpnGbYyT_Q
Existem quatro ondas de transgênicos.....
“Existem quatro
ondas de transgênicos: a primeira corresponde ao período que começou no final
da década de 1980 tendo como propósito desenvolver plantas com tolerância a
herbicidas ou com resistência a insetos, entre elas o milho Bt e a soja RR. Na
segunda onda existe um aumento na qualidade nutricional das plantas, como o
"golden rice", arroz enriquecido com vitamina A. Já na
terceira onda as plantas foram desenvolvidas a fim de imunizar contra doenças e
patógenos através da alimentação, com o objetivo de substituir as vacinas
utilizadas atualmente. A quarta onda é a chamada de biofábricas. Ao invés de
utilizarem bactérias e outros microrganismos para produzir substâncias
inseridas em medicamentos, as indústrias farmacêuticas desenvolvem estas
substâncias dentro das plantas como milho, tabaco, batata. Quando desenvolvidas
em plantas, estas substâncias produzidas podem ser extraídas em grande
quantidade e de uma forma muito mais barata se comparado ao processo de
extração utilizando microrganismos.” (Marin 2009)
Um pouquinho sobre as técnicas,,,
Diferente do método usado por Mendel, onde o melhoramento tem interferência
humana, mas ocorre de forma natural de maneira com que os genes desejáveis e os
indesejáveis sejam transferidos, os métodos para criar um OGM têm interferência
direta da biotecnologia, o qual se dá devido ao conhecimento genômico dos
organismos vivos, permitindo a recombinação de genes exógenos e somente os
genes desejáveis, do vetor genético, em moléculas de DNA, o que permite também
um organismo produzir substâncias e proteínas que em sua maneira natural não seriam
produzidas ou expressadas. Conhecido como técnica do DNA recombinante.
O processo inicia com a identificação do gene de interesse, obtenção de
fragmentos de DNA clivando com endonucleases de restrição (as enzimas clivam o
ácido nucléico de fita dupla em pontos específicos, clivando as ligações
fosfodiéster), fragmentação mecânica e síntese química são utilizadas em casos
em que não é possível o uso das enzimas de restrição, síntese enzimática da
cDNA fita dupla (realizada pela enzima transcriptase
reversa), PCR ( técnica em reação em cadeia da polimerase, amplificando uma
sequência específica da molécula), todo
esse processo é realizado para a obtenção do gene de interesse. Após obter esse
gene começa o processo de introdução ou ligação ao plasmídeo vetor,
transferência para a célula do organismo, iniciando com a adição de
poli-nucleotídeos, ligação de extremidades adesivas ou coesivas (clivadas por
enzimas de restrição em pontos específicos para que as extremidades das cadeias
simples possam se ligar com suas bases complementares), ligação de extremidades
abruptas ou cegas (cadeias simples cujas extremidades foram clivadas em
qualquer ponto sem que suas bases pudessem recombinar com as bases de outras
cadeias simples), adição de adaptadores (DNA ligase, extremidades abruptas ou
cegas). O próximo passo é introduzir esse DNA recombinante no organismo de
interesse, transformação com DNA recombinante plasmidial para dar início à
clonagem desses rDNA’s nas células hospedeiras.(Venerando,R .2009)
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